Domingo passado fui visitar meus pais, no sertão de Alagoas. Uma vez por mês apareço para matar as saudades e comer a melhor comida do mundo, que é a da d. Volga. A gente conversa lá na cozinha, enquanto ela prepara a galinha, o arroz refogado, o macarrão... Meu pai fica zanzando atrás de coisas para que eu traga pra casa. Ele é aposentado e agora planta frutas no sítio da família. E eu sinto que ele tem o maior orgulho em trazer frutas frescas pra mim, dizer que é do sítio e que foi ele quem plantou. Vai no sítio, traz frutas, conversa, dá conselho, fala dos meninos... Enfim, é o domingo típico em família, a nossa família. Só que domingo passado eu fui surpreendida e visitei a casa de meus avós, que depois que morreram eu só tinha ido lá umas duas ou três vezes. Herdei um pé de mesa lindo, estilo colonial, que vou restaurar e vai ficar um luxo! Mas, mesmo feliz pelo pé da mesa, nao pude deixar de sentir a coisa mais doída na vida de uma pessoa: a saudade. A casa de meus avós foi muito importante em minha vida. Na minha infância, principalmente. Lá eu brinquei muito, pois tinha quintal grande, porcos, galinhas, fruteiras. A casa era cheia de vida e tinha o melhor cuscuz do mundo que era o de Vó Mocinha. Até hoje, mesmo comprando a mesma marca de fuba que ela comprava e fazendo do jeitinho que ela me ensinou, o cuscuz não sai com o mesmo sabor... E quando eu vi a casa de Vó Mocinha daquele jeito eu fiquei com um aperto no peito. A casa está em ruínas. Não sobrou nada daquela alegria domingueira, dos netos fazendo algazarra, do meu Vô Valdemar na cadeira de balanço na área da frente, de Vó Mocinha descansando no sofá e contando histórias antigas pra gente... Só restaram ruínas e mofo.
Além de ter perdido meus avós, perdi também tios queridos que fazem tanta falta. De Tia Lêda sinto saudades dos doces gostosos e do sorriso sempre aberto pra mim. Mas, o meu Tio Rui foi como um segundo pai, e eu sinto tanta, tanta, tanta falta. Ele era o melhor ser humano que já conheci em toda minha vida. Dedicou a vida inteira a fazer o bem. A qualquer um, não importava grau de parentesco, e muitas vezes não havia parentesco. Tinha milhares de amigos e admiradores. Era um homem simples que gostava de coisas simples. Adorava o seu sítio e suas criações. Era um homem rural, apesar de ter vivido sempre na cidade. Mesmo sentindo muito sua ida, eu prefiro lembrar de Meu Tio Rui com aquele sorrisão aberto, seu coração generoso e sua alma leve, pois ele só fazia o bem. E pessoas de bem, assim como o Meu Tio Rui, serão pássaros eternos.
Essas imagens são do sítio do meu Tio Rui. Lugar tão simples, mas que fazia tão bem a ele! A casa de meus avós eu não fotografei. Qualquer dia vou scanear algumas fotos antigas e trago aqui pro "Contos"...
Mainha, Tio Rui e eu. Ele muito feliz por receber a gente.
A galinha feia. rsrs
Sertão alagoano castigado pela seca.
Essas foram pra panela.
Meu Painho e Minha Mainha. ♥
Irmãos mais que unidos. Ela sofre muito sua falta.
Tudo no fogo. Delícia...
Eu e meus pimpolhos. :)
Enamorados... ♥♥
Então é isso, minhas Queridas! Essas são algumas de minhas saudades que compartilho aqui, pra dividir sentimentos com pessoas amigas. Tenham um excelente dia!
Bjs, bjs --- :*-*: ---